sábado, 4 de junho de 2011

APRENDENDO E ERRANDO

EM PÉ, NA PROA
O CONVÉS TÃO VAZIO
EU PENSO E OLHO AS ONDAS
DESSE MAR TÃO BRAVIO
A MINHA FRENTE O MAR
ATRÁS DE MIM, SOLDADOS
APENAS O TEMPO E COMPARSAS
ME ACOMPANHAM LADO A LADO
SOU PIRATA E SOU ERRANTE
ERRO MUITO E A TODO INSTANTE
AMO SER COMO SOU
LIVRE DE TUDO QUE SÃO
LIVRE DE TUDO QUE FUI
DIFERENTE DE QUEM RESTOU
MAS APRENDO A CADA ERRO
E APRENDO NEM SEMPRE O CERTO
POIS SOU PIRATA, YO HO!

A ILHA

VAGA NA NOITE
NAVIO SEM RUMO
SEM ROTA 
SEM NORTE
A PROCURAR
SEREIAS TÃO BELAS
O VELHO NETUNO
UM BARCO A VELA
UM TESOURO, SEI LA...
A FRENTE UMA ILHA
DE AREIA BRANQUINHA
DE ONDAS TÃO CALMAS
A LHE ESPERAR
E CHEGA SEDENTO
O BARCO VIOLENTO
COM SEUS PIRATAS
A CONQUISTAR
O SEU TERRITÓRIO
PARECE NOTÓRIO
JÁ TÃO VISITADOS
POR HOMENS SEM MAR
MAS NÃO ENCONTRARAM 
TESOURO ESCONDIDO
TÃO PRECIOSO
QUE LA ESTÁ
MAS ESTES PIRATAS 
COMO QUEM A CONHECE
ENCONTRAM A PRENDA
SEM PRECISAR PROCURAR
INTUIÇÃO PIRATA?
DESTINO DE MAR?
E CANTAM CANTIGAS
E OUVEM CANÇÕES
TÃO NOVAS E ANTIGAS
QUANTO AS EMOÇÕES
E SE DIVERTEM 
O RESTO DA NOITE
BEBENDO , CANTANDO 
NA BEIRA DO MAR...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Noite no Mar

Do fundo da noite

No negro oceano

Silencio impera

Quase profano

Cardumes de prata

Nos rastros da lua

Silenciosas

Sereias tão nuas

É tudo tão quieto

É tudo tão perto

E nem um barulho

Se ouve no mar

A noite apavora

O frio lidera

O dia não chega

Nada termina

Agonia tão lenta

Na calmaria do mar

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O mar pede

As trevas no céu

Me chamam ao mar

Me pedem,me buscam

Não posso me negar

O mar é bravio

E Turbulento

Devora meu navio

De modo violento

Sereias me pegam

Me puxam, me nego

Netuno me chama

Não me posso negar

As pedras que batem

No casco

Me invadem

Me tiram

Me viram

E esperanças

Não posso alcançar

O mar me leva

O mar me consome

No meio das trevas

O meu navio some

Sou apenas espuma

No escuro do mar

Onde o raio de lua

Vem me tocar

terça-feira, 15 de março de 2011

Ondas Mortais


O mar quando grita

Quando se agita

E perde o cuidado

Pode matar

Netuno das águas

Que vê a desgraça

Tudo renova

Nas águas do mar

Se lavou ta novo

Vamos de novo

Mais um tsunami...

Quem manda é o mar!

Navio que vaga

Vaga navio

No silencio da noite

Em meio a neblina

Que teima em baixar

Neblina densa

Que encobre as ondas

Que descobre o medo

No véu desse mar

A sombra do barco

Por cima da agua

Por baixo da noite

Sempre estará

Vaga navio

Perdido nas horas

Perdido em historias

Daqui para la


 

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Horizonte


E o som ao longe o que é?
É o canto da sereia
Que encanta nas marés
Em noite de lua cheia
No convés, o silencio
Em madrugada de neblina
Do horizonte tão sereno
O capitão namora a linha

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sereia Morta (do meu livro)


Na areia da praia,
 A carne já morta.
 A morte a conforta...
As vestes em sangue,
A face sombria,
A pele já pálida,
Cálida, fria...
A morte presente
Em seu olhar;
Uma mãe a chorar...
Sua filha na areia,
Fingindo sereia;
Foi morta em um bar!
Em busca do príncipe
Da pura história,
Que a mãezinha
Teimava em contar.
Agora sereia,
Entregue à desgraça,
És apenas carcaça
Na beira do mar

Pirata em terra


Na taverna da aldeia
Ali no pé da serra
Piratas se perdem
Em mares tão gastos
Com prazeres tão pagos
De mulheres fartas
Esquecem do pesado trabalho
Que é cuidar do convés
Quando pagam pra ter aos seus pés
Uma noite, rum e um olhar
Se perdem nas pernas
No dorso, no rosto
De cada porto que possam parar
Provam do gosto
Da noite e da sorte
Que só a morte
Lhes pode roubar
E voltam a seus postos
Felizes, satisfeitos
Contando os feitos
Em terra e no mar

Madruga no mar


Festa na madrugada
Piratas dançam e cantam
As sereias que descansavam
Aos poucos acordam também
As ondas também se levantam
Netuno está atento
Ali e muito além
Navegantes embriagados
De mar e sereias loucas
Sentem o sal do mar na boca
O doce dos beijos do mar
E nada os faz parar
Frenética vida de mar
Que os faz viver sem medos
Não ter tempos para segredos
Não ter tempo pra penar
Pois aos poucos o dia chega
E o som da festa cessa
E os piratas antes em festa
Agora estão a trabalhar

Futuro


Há de haver um dia
Em que nos encontremos “piratas”
Numa nação livre
De todo ouro, terno e gravata
Onde possamos ser nós mesmo
Alegres, cantantes, falantes, conscientes...
E este dia hei de esperar... Yo ho

Assombro pirata


Na penumbra da noite
Ouço passos leves no convés
Marujos dormem
Depois de um dia de duro penar
Piratas não devem sonhar...
Pois quando sonham, os deuses os perturbam
Foi assim num sonho que encontrei
Pirata do cais de onde, não sei
Só sei que me veio perturbar
E eis que empunhei meu punhal
E esfaqueei o assombro infernal
E nada pude contra ele
Que já não era mortal

Tempo de pirata


Tempo de pirata
Naufrágio de existência
Esse que nos assola
Perdidos em tempestades loucas
Onde nada nos consola
Bussolas não são uteis
Quando se está perdido
De que adiante achar o norte
Se não sabemos pra onde devemos ir?
Oceano, mar aberto à sorte
Quando se tem um coração partido
Tolas horas de pensamentos fúteis
Onde choramos quando devemos sorrir
Perde-se tempo em terra
Encontra-se a tempo em mar
Piratas não curtem relógios
Não gostam de o tempo marcar
Não tendo tempo, não o perdem
Em suas buscas alem mar...
Há tempo de sorrir, e tempo de chorar
Do anoitecer ao clarear
E vice-versos
Mares impressos
Na vastidão de cada olhar

domingo, 30 de janeiro de 2011

Mãe das águas


Mãe das águas tão bravias
Que com rosas é louvada
Em tuas águas banhada
Busco novas energias

Sete ondas que escondem
Sua veste abençoada
Seu milagre de alegria
Suas barcas enfeitadas

Proteges os pescadores
Os guia em suas mãos
Por muitos mares além

Abençoas os amores
E toda embarcação
Que já são seus também

sábado, 29 de janeiro de 2011

Amor pelo mar

Sombria a noite sem lua
Nesses mares misteriosos
Que escondem navios, barcos...
Tesouros perdidos, naufragados
Mortes e olhares tenebrosos
E sereias que nadam tão nuas
Escondida entre as rochas
Onde batem as ondas bravias
A solidão de quem canta
Dance pirata!
Com a magia da lua
Com a força dos mares
Com a alegria que é sua
Trabalhe pirata!
Ao som do capitão
Que grita e que mata
Ainda que sem uma mão
Mate pirata!
Pra se defender
Defender o navio
Que leva você
Cante pirata!
O seu penar
O seu lamento
De amor pelo mar 

Soneto pirata



Perco- me em meu próprio destino
Descubro-me tão em mim
Que qualquer possível desatino
Não me parece tão ruim

Em meus mares eu descubro
Um tom vermelho, tom rubro
Do sangue que tinge minha alma
E que na morte me acalma

Em sangue me torno marujo
Em alma, me torno pirada
Em mares estou poeta

Juro-me tão sem rumo
E ao mesmo tempo completa
Em meu sonho tão pirata!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Yo ho!


Do mais profundo e negro oceano
Às águas bravias da superfície
Vem do inferno o barco negro
Com mil demônios a gritar
Homens! Homens! Limpem o convés!
À seus postos! Malditos sejam!
E os marujos que nada temem
Cantam “Yo ho!”
Uma, duas, três garrafas
Dançam alegres os piratas
Felizes com seu capitão
E seus delírios de rum
O crânio e ossos no pano
Hasteados bem La no alto
Proclamando saques, assaltos
Raptos em alto mar
Deixam pegadas de sangue e enganos
Embebedam-se em corpos pagos
Somem sem deixar rastros
Quando voltam aos oceanos
Por mais que a terra seja firme
Não há nada que so prenda
Nenhum laço os reprime
Preferem sempre ser lendas
Marujos são felizes
Piratas não criam raízes
Cometem muitos deslizes
Sem o medo do pecar
Aprendem com os próprios erros
Os repetem as vezes sem medo
Pois nem sempre o errar é ruim
Aprendem já desde cedo
Que nem todo acerto é certo
Que não é todo ruim o medo
Sabem que colhem o que plantam
E encaram seu destino
Ao som do mar, velas levantam
Perdendo-se em desatinos
Delicia é navegar
Rumo ao desconhecido
A deriva deixar-se levar
Daqui ate o infinito
Como os piratas, Yo ho!

Madrugada no mar


No cair da madrugada
Entre as ondas turbulentas
A neblina desce densa
Sob as trevas tão imensas
Onde vagam os piratas
As estrelas encobertas
Só o som do mar bravio
Batendo nos rochedos
Trazendo todo o medo
À quem esta no navio
E o medo passa apressado
Pois no mar,não há tempo pra isso
Cada pirata em seu vicio
Cantando embriagado
Ainda que esteja em serviço
E o navio atravessa a noite
Sem ao menos se guiar
Vai rumando sempre à norte
Em busca de ouro e de sorte
Buscando a vida ou a morte
Pois o destino, não há como mudar
Mesmo que digam os profetas
E ainda que cantem os poetas
Que cada um trilha seu caminho...
No mar não há um só destino
Que já não seja conhecido
Por Netuno , deus do mar

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Vida invejável de pirata


Acordem piratas!
Em toda sua glória
De suas míseras vida
E façam sua história
Saqueiem a felicidade
Dancem com a alegria
Matem suas vontades
Em cada miserável dia
A música não pode parar
O rum não pode acabar
Piratas não devem amar
Apenas viver, sem sofrer, sem chorar...
Um brinde às almas perdidas
Que vagam no mundo a assombrar
Aqueles que estão afundando
Em suas vidas, longe do mar

Navio de trevas



Na penumbra da noite
Solitário, vaga...
Navio pirata
Alma vazia
Neblina densa
Que embriaga
Calmaria tensa
Que inebria
No casco incrustrado  
De algas e ostras
De almas tão foscas
De gritos de dor
Eu o observo
Tão obscuro
Denso, trevoso
Navio tenebroso
Em frio e horror

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Barqueiro

Maldito seja
Homem ao mar
O rum não me deixa
Ao menos pensar
E La vem a embarcação
Uma maldita visão
Ponho as moedas em seus olhos
O barqueiro o vem buscar
Os olhos ainda abertos quando cheguei
Eu mesmo os vi e fechei
Com a espada que atravessei
No seu coração a pulsar
As ondas se quebram nos rochedos
Só de olhar, quase tenho medo
Quando criança saia cedo
Pra dar bom dia ao mar
Mas hoje ele me assusta um pouco
Pois por ele quase me fiz louco
Quase me entreguei ao barqueiro
Sem moedas pra pagar
Hoje o vejo levar-te
Daqui para qualquer parte
Onde o barqueiro o leve
Onde o destino lhe aguarde...

Morte no mar

Vem ao longe a embarcação
Trazendo as sobras do mar
Trazendo a dor do penar
Piratas não devem chorar
Piratas não têm coração
Vejo de longe a solidão
Dos que não têm para quem voltar
Daqueles que voltam do mar
Daquele que trazem maldição
Vejo os que enlouquecem
Antes que cheguem à areia
Perdidos por tantas sereias
Por monstros ferozes do mar
Vejo também os que esquecem
Que têm uma vida terrestre
Preferem ficar em prece
Esperando ao mar voltar
E o mar os chama, de fato
Como quem pede um ultimo ato
Como quem busca um olhar
Como quem prevê um naufrágio
Com o qual os quer matar
E eles que sabem disso
E voltam ao mar "por isso"
Voltam por tanto amar
O mar...
E sabem os perigos e delicias
Que escondem as águas do amar
Dos sonhos com falsas caricias
Para as mentes perturbar
Sabem que o mar está sempre
A ofertar a morte
Que não há rumo a frente
Nessa bussola sem norte
Nessas noites tão sem sorte
Que mal conseguem pescar
Mas são piratas bravios
Corajosos ao amar
Carregam em seus navios
Um pouco de cada penar
Chegam a ser doentios
Mas querem morrer no mar



Sonho de pirata e sereia

Navegando rumo às estrelas
Em noite estreita de luar
Pouco tempo para vê-la
Muito tempo pra sonhar
Ao sabor da maresia
As mãos suadas e frias
Cantando canções de pirata
Esperando a luz do dia
As ondas beijando a areia
Que na água do mar sorria
No ar, um canto de sereia
A alma pirata invadia
E a noite passava tão breve
Num sonhar onde não dormia
Num cantar sem nenhum tom
Numa luz quase sombria
E aguardava o raiar do dia
Mergulhado em suor e rum
O sol na pele reluzia
Sem pudor algum
Deitados, largados na areia
Dois corpos, pirata e sereia
Duas almas em um
Sonhavam a noite tão breve
Onde as ondas concebem
A vida de cada um

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Poema Pirata

Navegando os sete mares de minha alma

Me deparo com tesouros escondidos
Minha dose de rum com coca cola
Cuba livre de meu olhar perdido
Nas ondas que trazem lembranças
Espumas se misturam e as desmancham
Batem nos meus pés com delicadeza
Batem no meu coração com firmeza
Bate um que de sutileza
De memórias de quando já não era infância
Meu baú repleto de historias
Enterro nas areias do destino
Conto os passos, faço um mapa
Para qualquer coração peregrino
Que se aventure em seus próprios mares
De sua alma miserável
Miserável por amar sem glórias
Por ser inocente, feito menino
Por não saber que a carne é fraca
Muito mais que o espírito
Que navega por não sete, mas mil mares
Ate encontrar seu destino...
Pirateando amores
Que passa a vida assistindo