sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Yo ho!


Do mais profundo e negro oceano
Às águas bravias da superfície
Vem do inferno o barco negro
Com mil demônios a gritar
Homens! Homens! Limpem o convés!
À seus postos! Malditos sejam!
E os marujos que nada temem
Cantam “Yo ho!”
Uma, duas, três garrafas
Dançam alegres os piratas
Felizes com seu capitão
E seus delírios de rum
O crânio e ossos no pano
Hasteados bem La no alto
Proclamando saques, assaltos
Raptos em alto mar
Deixam pegadas de sangue e enganos
Embebedam-se em corpos pagos
Somem sem deixar rastros
Quando voltam aos oceanos
Por mais que a terra seja firme
Não há nada que so prenda
Nenhum laço os reprime
Preferem sempre ser lendas
Marujos são felizes
Piratas não criam raízes
Cometem muitos deslizes
Sem o medo do pecar
Aprendem com os próprios erros
Os repetem as vezes sem medo
Pois nem sempre o errar é ruim
Aprendem já desde cedo
Que nem todo acerto é certo
Que não é todo ruim o medo
Sabem que colhem o que plantam
E encaram seu destino
Ao som do mar, velas levantam
Perdendo-se em desatinos
Delicia é navegar
Rumo ao desconhecido
A deriva deixar-se levar
Daqui ate o infinito
Como os piratas, Yo ho!

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